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30 agosto 2013

O "SUJÍMETRO" de Lisboa

Quando a oposição não tem ideias, nem muito por onde pegar, entra em cena o "sujímetro" - aparelho rudimentar, calibrado 100% pelos próprios e oleado a subjectividade. 
O "sujímetro" imprime relatórios "precisos" do estilo: "A Cidade anda muito suja" ou "A Cidade está mais suja do que antes"... 
Quem usa o "sujímetro" sente-se confortado com o equipamento. É que nunca falha! 
Mas para dados mais objectivos sobre limpeza urbana contam sim o aumento de meios humanos e materiais na limpeza urbana e a melhoria de todos os indicadores de recolha e reciclagem de resíduos, a implantação do sistema de recolha porta-a-porta a mais de 50% da Cidade, o aumento do número de lavagens de rua e as brigadas de limpeza anti-grafitti rua-a-rua. 
Claro que não há nem haverá um "Almeida" atrás de cada cidadão que entende não ser respeitoso com o espaço comum. 
Amigo, empreste-me aí o seu "sujimetro": Então aqui vai: Felizmente em Lisboa, e em comparação com algumas Cidades Europeias, e sobretudo no Verão, a comparação é muito favorável. Temos claramente uma Cidade bem mais limpa que Londres, Paris, Copenhaga, Amesterdão ou Berlim, para não me estender mais.
Foto: AQUI
Nota: Colaboro no Gabinete do Vereador do Ambiente e Espaços Verdes da CML

28 agosto 2013

Sobre a colina de Sant'Ana

Reportagem do Expresso sobre o futuro imobiliário dos hospitais Miguel Bombarda, São José, Santa Marta e Capuchos. Quanto ao Desterro, já sabemos que será qualquer coisa tipo LX Factory.

Chamo a atenção no artigo para o prazo de conclusão do projecto. Tal como no caso do post anterior, é necessário realmente haver investimento para isto... Haverá realmente o novo Hospital Lisboa Oriental nos próximos 10 anos? 

21 agosto 2013

O túnel da Grundig

Durante anos e anos, este local ao fundo da Rua Pascoal de Melo teve um reclame da Grundig.


O formato estranho deste edifício tinha uma razão de ser. Planeava-se que fosse a entrada directa para um túnel que atravessava a Penha de França até ao Vale de Santo António.
Tal nunca chegou a acontecer, talvez para grande frustração do proprietário do edifício que o poderia ter aproveitado de outra maneira, e o espaço morto é agora um parque de estacionamento.

Quanto ao túnel... falava-se que o plano era desviá-lo para a Rua de Angola, atravessando o Bº das Novas Nações e a Penha de França, para o "novo" Vale de Santo António, onde haveria lugar para mais umas dezenas de edifícios que albergariam 7mil novos habitantes.

Fonte: Público
Noutros tempos, todos estes projectos que agora parecem megalómanos, seriam possíveis. Hoje não.

Ao contrário do edifício da Grundig que ainda aguarda a chegada do túnel, o Vale de Santo António não deve ficar à espera, abandonado, que o seu Plano de Urbanização seja implementado em melhores dias, quando houver investimento. Há que repensar todo o Plano, compatibilizá-lo com a Estrutura Ecológica Municipal, e envolver os moradores da cidade numa efectiva discussão pública sobre o Vale.
Com os recursos dos dias de hoje, ali pode-se rearranjar as hortas urbanas existentes, completar a rede ciclável, reactivar o projecto da biblioteca municipal ou outros equipamentos (?), criar um espaço verde decente para os moradores das freguesias adjacentes, que actualmente olham para o vale como um espaço do nada.